Fator humano faz toda a diferença no segmento logístico

“O fator humano é decisivo para que as empresas implementem estratégias competitivas no segmento logístico”, a conclusão é de Cristian Pinto, especialista na área Planejamento Estratégico pela Universidade de Sorocaba (Uniso), e que se debruçou sobre o assunto usando um caso concreto para chegar à tal constatação.

Para o pós-graduado Planejamento Estratégico, a evolução da tecnologia é constante e eficaz no segmento logístico, mas o fator determinante para obter os melhores resultados advém da liderança da equipe, ou seja, é o humano.

Importância do líder

De acordo com Cristian, o líder da equipe, além de ser responsável por motivar, ensinar e supervisionar o time, também é aquele que designa tarefas e parametriza diretrizes estratégicas a serem seguidas.

Ele cita um dos teóricos na área, Bennis, ao apontar dizeres dele: “[…] bons líderes fazem as pessoas sentirem que elas estão no centro das coisas e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao seu trabalho”. 

A necessidade de uma liderança eficiente saltou aos olhos ao analisar as pesquisas do campo de estudo, pois avaliação de satisfação interna indicava que 64% seguiam insatisfeitos, bem como 87% dos colaboradores apresentavam resultado insatisfatório na avalição da gerência.  A maior insatisfação estava na descentralização de informação, falta de comunicação interna e externa, e desconhecimento de conceitos e parâmetros de execução.

Porque desenvolver pessoas

“Em meio ao mercado competitivo e dinâmico vivenciado, o maior diferencial de uma organização é a implementação e o desenvolvimento de uma equipe de alta performance”, explica Cristian.

O especialista avaliou, por exemplo, dados colhidos após a equipe operacional da empresa ser incluída em reuniões diárias e periódicas. “Quando efetuamos uma integração de pessoas, aumenta a valorização humana e, consequentemente, a performance do setor”, explica. “Ao final, concluímos que tecnologia é uma evolução constante e interruptiva, porém o mais importante desta etapa de mudanças é entender o processo e inserir as pessoas na tecnologia ao invés inserir a tecnologia nas pessoas. Assim, aumentamos a probabilidade de eficácia”, conclui.