Em um momento em que os analistas apontam que as profissões do futuro são aquelas que empregarão as qualidades ainda exclusivas dos seres humanos, desenvolver competências gerenciais é um ato fundamental.
E o que são as competências gerenciais?
“Competências gerenciais são os conhecimentos, as atitudes e as habilidades que um gestor precisa ter para gerir o desenvolvimento de si mesmo, da empresa e de seus colaboradores”, explica Débora Rodrigues Julião, professora da pós-graduação da Uniso.
Quando foi cunhado o termo
Competências gerenciais foi um termo utilizado pela primeira vez em 1982, quando Richard Boyatizis no livro da autoria dele: “The Competente Manager: A Model for Effective Performance”.
O autor definia 21 diferentes competências, organizadas em seis dimensões. De acordo com Débora Julião, quase quatro décadas depois, a base para desenvolver o perfil comportamental de um gestor de alta performance continua a mesma.
Quais são as principais competências gerenciais:
De acordo com a professora da pós-graduação da Uniso, as competências gerenciais podem ser resumidas em: comunicação e relacionamento, trabalho em equipe, gestão de pessoas, planejamento e organização, análise e síntese, negociação, persuasão, ética e liderança.
Porém, de forma específica, estão entre as competências gerenciais mais procuradas pelo mercado as seguintes:
- Visão estratégica e sistêmica (de longo prazo)
- Empreendedorismo empresarial
- Comunicação interpessoal assertiva
- Foco em evolução contínua (aprimoramento constante)
- Inovação (pensar fora da caixa)
- Inteligência emocional e social
- Capacidade de resolver conflitos internos e externos
- Rapidez para solucionar problemas
- Atuação mais estratégica e planejada
- Habilidades multidisciplinares
- Gestão de equipes e processos
- Habilidades de comunicação e negociação
- Habilidade de gestão do tempo e das tarefas
- Resultados sempre acima da média
Como identificar e desenvolver minhas habilidades?
Débora Julião, professora da pós-graduação da Uniso, explica que o autoconhecimento é imprescindível, mas há técnicas próprias para obtê-lo.
“Há meios de avaliações psicológicas e comportamentais, com testes específicos para mapeamento de liderança. É possível utilizar Quantum, Coaching Assessment, Disc, Hogan, dentre outros”, explica a professora.
De acordo com Débora, algumas metodologias podem alavancar o desenvolvimento das competências, como treinamento, coaching, mentoria e job rotation. Mas a professora deixa uma importante ressalva: o mais importante é querer.
Principal ingrediente “O mais importante é querer… E gostar de GENTE!!! Qualquer posição hierárquica que exija liderança – habilidade de influenciar pessoas, está fadada ao fracasso nas mãos de um gestor que não gosta de gente! O sucesso da liderança – dar resultados para a organização – está intimamente ligado ao processo de crescimento da equipe e só um líder 100% comprometido com o desenvolvimento humano terá perenidade no cenário onde a tecnologia substitui com excelência nossas habilidades técnicas e manuais – menos as humanas!”, destaca Débora Julião.