Pós da Universidade de Sorocaba amplia e aprimora a formação de farmacêutico para assistência

Se até algum tempo atrás o farmacêutico exercia sua atividade profissional nas farmácias abertas ao consumo direto ou em hospitais e em laboratórios e na indústria farmacêutica, novas opções de atuação estão se firmando.
“Para melhor preparar o profissional para ocupar esses novos espaços e formas de atendimento, a Uniso oferece a Pós-Graduação Lato Sensu Farmácia Clínica e Consultório Farmacêutico”, explica o mestre Dreisson Aguilera, um dos professores do curso.

Consultório independente e clínica integrada
Atuar com o próprio consultório ou atendendo na área específica em clínica integrada são as novas alternativas para os farmacêuticos. “O farmacêutico poderá prescrever a nova modalidade de medicamentos tarja azul, cujo projeto de lei tramita no Senado, mas tão importante quanto é a atuação dele na orientação e no planejamento do uso de fármacos”, explica Aguilera.
“Muitas vezes o paciente tem a lista completa de fármacos prescritos pelo médico, mas não se organiza e nem sabe seguir as recomendações. Isso pode acarretar muitos problemas, inclusive deteriorando a saúde dele”, acrescenta.
O professor exemplifica como a ingestão equivocada de medicamentos pode afetar a saúde do paciente. “Nós acompanhamos o atendimento de uma paciente com pressão alta, que não conseguiu reduzir os patamares, e que ingeria uma série de medicamentos. Apenas organizando os medicamentos, com a orientação precisa de ingestão passada e seguida por ela, conseguimos inclusive estabilizar a pressão arterial”, conta.

Farmacêutico clínico
Muito do que o mercado entendia como atuação do farmacêutico estava diretamente ligado à dispensação de medicamentos. “O farmacêutico era visto como alguém que, de alguma forma, respondia pela entrada dos medicamentos prescritos, mas que não interagia com o paciente na consulta, avaliação e orientação. Isso está mudando”, explica Aguilera.
“A atividade do farmacêutico está ganhando contornos mais humanizados, porque ele está interagindo cada vez mais com o paciente. Por exemplo, em hospitais há farmacêuticos clínicos, que acompanham as equipes médicas nos leitos dos pacientes e sequer ingressam no ambiente da farmácia da instituição”, acrescenta. “Esse profissional está ligado diretamente à avaliação do próprio paciente; à prescrição médica, pois integra a equipe na orientação principalmente quanto às interações medicamentosas, e ao cuidado assistencial com o internado”.