Nas mais variadas fases da vida profissional e em qualquer período econômico é preciso focar em subir de patamar na carreira. Em tempos de pandemia, buscar elevar esse padrão e dar um up na carreira se faz ainda mais necessário. Para Solange Baladelli Cardoso, professora dos cursos de MBA em Coaching Estratégico e MBA em Liderança e Gestão de Equipes, da Pós-Graduação da Universidade de Sorocaba (Uniso), o profissional precisa estar atento a várias questões distintas para alcançar o objetivo.
“Dar um up na carreira começa por estar sempre aprendendo, aumentar o autoconhecimento, definir sonhos e objetivos a serem alcançados, organizar finanças, assumir o protagonismo da condução da própria carreira e incluir a espiritualidade nessa dinâmica”, explica a mestra em Comunicação e Cultura.

Busca incessante de novos conhecimentos
“A pessoa tem que assumir o protagonismo da própria carreira. Não pode deixar para a empresa, para o chefe e até para o amanhã essa decisão. Diploma e inglês, por exemplo, são importantes, mas o profissional precisa entender que ele é o protagonista da própria carreira. É o profissional que deve correr atrás de se aprimorar. Não espere os treinamentos que a empresa vai te oferecer. Faça acontecer. Gerencie o seu crescimento profissional”, explica Solange.
A professora da Pós enfatiza: nunca pare de aprender. “Aprender é importante. O cenário atual exige do profissional que nunca pare de buscar conhecimento e tenha humildade para se sentir desafiado todo o tempo a aprender novas coisas.”
Outra dica importante dada pela professora para que o profissional se sinta estimulado é se aproximar de pessoas que trabalhem duro. “Imagine numa roda de trabalho você estar cercado de pessoas preguiçosas, folgadas, tranquilas. Acho que o mundo exige um pouco mais. Então, esteja rodeado de colegas que trabalham duro, porque o ambiente faz a pessoa. Em um grupo assim, o profissional tem mais energia, será mais desafiado, estará mais propenso a crescer e se especializar, e a ajudar os companheiros na mesma direção”.

Autoconhecimento e competências comportamentais

A mestra indica ser necessário ao profissional identificar seus pontos fortes e pontos que precisa e deseja melhorar. “Quando a pessoa conhece as suas limitações, as suas vulnerabilidades e, também, suas potencialidades, ela tem mais força, competitividade e visualização de onde quer chegar”, explica Solange.

“Quem quer dar um up na carreira muitas vezes perpassa a questão de liderar outras pessoas, então quando você se conhece melhor possui a capacidade e a sensibilidade de também conhecer as outras pessoas e trabalhar esses pontos vulneráveis dos outros”, complementa.
A professora destaca o fato de que as competências comportamentais são tão relevantes quanto o conhecimento técnico na hora da contratação. Para Solange, é importante, por exemplo, não ter medo em excesso. “Medo faz parte do ser humano. Nós nascemos e enfrentamos muitas dificuldades nas nossas vidas que geram medo, aquele friozinho no estômago, aquela incerteza, aquela insegurança, tudo isso tem que ser controlado. O medo faz parte da vida do ser humano, mas não pode ser um problema, não pode ser um empecilho”.
A capacidade de se adaptar também é um diferencial importante, segundo a professora da Uniso. “A vulnerabilidade desse mundo em que a gente está, as incertezas, as inconstâncias, as mudanças, exigem que a pessoa seja adaptável. É preciso ter adaptabilidade a todas as mudanças”.
Ainda na linha do autoconhecimento e das competências comportamentais, Solange Cardoso destaca curiosidade e resiliência. “O que nos faz crescer principalmente são as marcas que a gente adquire, as marcas que ficam na nossa pele. O tempo passa, você olha para aquelas marquinhas e você tem recordações de coisas boas, coisas ruins. São essas marcas que normalmente impulsionam os vencedores para frente. Acredito muito que a crise sempre é uma oportunidade de criar. E cabe à gente fazer cada dia ser melhor”.

Sonhos, organização financeira e vida espiritual
Para a professora da Pós-Graduação da Uniso, é fundamental ter sonhos e organizá-los, com o objetivo de concretizá-los. “É importante que durante toda a vida a pessoa tenha sonhos a realizar e não apenas para cumprir tabela, mas para se sentir energizado, motivado, desafiado. Aquela coisa que faz a gente levantar da cama e ir em frente porque tem uma meta, porque tem um sonho, porque tem um objetivo a ser atingido”.
“Mas para realizar um sonho ou alcançar uma meta é preciso ter organização financeira. Coloque esses sonhos no papel, estabeleça ações que você possa fazer para chegar lá, mas nada subjetivo, coloque ações concretas, coisas possíveis, palpáveis, mensuráveis, que você possa iniciar hoje para chegar no seu objetivo. Tudo nessa vida é planejamento, foco e determinação para chegar lá”, explica.
Não menos importante, na visão da professora, é manter uma espiritualidade, seja ela qual for. “Não é religião. É espiritualidade. É importante que a gente seja movido por uma força divina. Uma força que esteja sempre conosco, que nos dê sabedoria, que nos dê autoridade, que nos dê justiça”, completa.